A INTUIÇÃO: esse “princípio de velocidade” (Gilles Deleuze). Arte implica uma experiência estética que leva à reflexão. A abrangência da arte é a afirmação poética do juizo, da inversão de sentidos, que nasce da negociação compartilhada e do dissenso. A lógica não é o fundamento da arte, mas a arte não é necessariamente inimiga da lógica. A arte contemporânea vive da recriação dos seus suportes. O aspecto positivo de não se ter mais certezas a priori sobre o que denominamos arte hoje, nem dos lugares nos quais ela se manifesta, é que a arte pode assumir várias configurações ao mesmo tempo. A materialidade da arte hoje se multiplica constantemente. Instalações, desenhos, fotografias, vídeos, etc, relacionadas à "revolução algoritmica", dão ao acontecimento artístico uma ubicuidade particular. Podemos dizer que a arte contemporânea está onde um trabalho congrega precisão e risco, sentido e surpresa. Através da elaboração artística, as coisas, os acontecimentos e as idéias recebem novos significados que transcendem as distinções entre o belo e o feio, o verdadeiro e o falso, o útil e o inútil, o bom e o mau gosto. Mas é possível atuar com um pé no domínio da arte e outro no âmbito no chamado “mundo real”. Para ser considerado obra de arte, um trabalho deve operar no interior do espaço expositivo (podendo estender-se fora dele) e possuir uma lógica estética que seja integra em relação à especificidade da obra. Porque a arquitetura está emparentada com a arte, num objeto arquitetônico (o que inclui uma potência lógica ordenadora, como a denomina Lacan) há uma dimensão manifesta ( o que se "vê") e uma dimensão latente (o aludido) que constituem sua "aura". Por isso ela é também, junto com a pintura, "cosa mentale". E porque a modernidade produziu nos primeiros anos do século XX uma profunda revolução na estética e no pensamento do objeto, devemos todavia reconhecer que é necessário mais do que nunca identificar seus valores essenciais e libertá-los das aderências ideológicas, para possibilitar sua resignificação. BELEZA: POÉTICA DA SIMPLICIDADE: ARTE: ARTE
CONTEMPORÂNEA: FAZER
ARTE: Devemos
ser capazes de encontrar nossas necessidades espirituais de beleza. Mas
ninguém sabe o que ela é. É necessário identificar
o significado (a respeito do que ela é) e mostrar como ele está
incorporado ao objeto. Usar o significado para interpretar o objeto. MODERNISMO: VANGUARDISMO: FORMA: CIDADES,
BIENAIS, OBRA DE ARTE: As obras funcionam também como mecanismos de análise social e política e se deslocam do contexto de origem do artista, para se relocalizar nos contextos mais diversos. Elas problematizam esses contextos, deslocando-se por circuitos mundiais. O autor pode operar agora desde várias cidades e monta sua obra nos mais inesperados lugares do planeta. Apesar da pulsão comercial que movimenta os "mercados artísticos", a obra de arte continua sendo algo que não pode ser totalmente controlado. Pois sempre escapa algum efeito e mesmo promovidas pelo poder econômico, elas desafiam os públicos e as instituições. E esse algo que escapa é a capacidade de apresentar aquilo que incomoda que seja representado. Por isso as obras de arte não são simples documentos da historia, senão acontecimentos em si mesmos. AGREGADO
SENSÍVEL: Jorge Mario Jáuregui
"El arte de la primera mitad del siglo XX fué ante todo crítica, destrucción y recreación del lenguaje: asalto a los significados tradicionales. La rebeldia del arte pareció nihilista y no fué sino una inmensa tentativa de reforma semántica. Hoy el nihilismo de la nueva sociedad industrial, nunca soñado por Nietzche, ha vuelto anacrónicos todos los significados, sin excluir a la rebelión contra la significación. Creo que el artista moderno - sobre todo en países como los nuestros, marginales o recién llegados a la historia - debe buscar nuevamente el sentido. El de las cosas y el de las palabras. No afirmo que deba conocerlo, pretención de nuestros padres y abuelos: digo que debemos buscarlo. Critica de la realidad y del lenguaje: perpétuo poner eu entredicho los valores que los satisfechos y los poderosos intentan imponernos; y búsqueda de la significación de la palabra: confrontación entre el que habla y el que oye, entre el signo que dice lo ya dicho y lo no dicho que espera su nombre." Octavio Paz, 1965
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