Genealógicamente, Cosmos se refere ao cósmico do espaço, mas também é a gente, os povos. O verbo Cosmiso, por sua vez, pode ser entendido como “estou ornamentando”, e Cósmima era o cosmos ornamentado. O ornamento como uma diversidade natural, como as estrelas no céu, ou as flores na natureza; como contemplação das “jóias da natureza”. Ou, por exemplo, os ovos de Fabergé que são obras-primas da arte da joalheria, produzidas por Peter Carl Fabergé, caracterizadas pela sua perfeição. Ou a porcelana de Limoges com seus depurados esmaltes sobre cobre, ou os tapetes persas, ou ainda as arquiteturas populares do Mediterrâneo. Mas o ornamento não é a priori algo para embelezar. Hoje se ornamenta de forma ilógica. Não é mais a Bauhaus e sua busca pela essencialidade da forma. Hoje se perdeu a graça da simplicidade. As coisas são jogadas no “mercado” de qualquer maneira, sem o processo da depuração. Athanase Milonopoulos |