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Urbanismo Social | L’urbanisme social

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Entendido como Política de Estado e como um aspecto particular do rol do arquiteto, o urbanismo de orientação social implica definir simultaneamente ações e recursos para materializá-las. Deve garantir também a participação da comunidade e a regularização da situação fundiária.

Deve articular construção de cidade (não só de habitação, senão a habitação com seus complementos de equipamentos sociais para educação, trabalho, transporte, saúde, cultura) condições de urbanidade e espaço público de qualidade.

O urbanismo social deve ser concebido na perspectiva da mobilização produtiva do território e os projetos de impacto urbano devem ser elaborados com a orientação da eco eficiência no campo dos recursos tanto humanos quanto materiais.

Sabemos que o urbanismo não pode resolver os problemas da política, mas pode ser um instrumento eficaz para que as políticas públicas, que dizem respeito à cidade, se enraízem no território.

Hoje o urbanismo que se implementa é ainda (em geral) salvo algumas exceções, “de caráter reativo”, baseado em operações de “correção” de situações não desejadas e já produzidas, antes que operações para prevenir e poder influir para evitá-las.

No presente é necessário intervir de forma mais proativa. Existe ainda um desconhecimento, da parte dos atores políticos, quanto ao impacto (as consequências) no território, das determinações que adotam, evidenciando a incapacidade (ou a limitação) de compreender e operar com a complexidade urbana; da rede de relações de interdependência na qual está se interferindo.

Há duas demandas claras hoje em dia:

A – Garantir uma maior interação técnico-política,

B – Um maior compromisso na elaboração e gestão dos projetos (com qualidade) da parte dos profissionais do habitat.

Os projetos urbanos se militam, isto supõe convencer às autoridades a adotar visões e projetos de longo prazo, com uma abordagem mais de “regeneração” urbana que de “renovação”, aos efeitos de reforçar e potencializar as heranças sócio-culturais.

Hoje precisamos de um pensamento em ação, que implica um compromisso social que inclui a imersão nos processos de transformação.

Os temas a serem abordados no campo do sócio-espacial, em toda America Latina, tem a ver com:

1 – Reorganização do território;

2 – Articulação entre cidade, urbanidade e espaço publico;

3 – Urbanização inclusiva e sustentável;

4 – Participação dos destinatários dos projetos (representação política) através da interpretação das demandas;

5 – Redução da brecha urbana;

6 – Acesso à terra e à moradia (financiamentos viáveis);

7 – Mobilização produtiva do território;

8 – Geração de trabalho e renda (pois enquanto política social, a melhor política é o emprego, o trabalho digno);

9 - Elaboração dos projetos (arquitetônicos, urbanísticos e ambientais) com o conceito de eco eficiência;

10 - Capacidade intelectual e política de gerar e mobilizar os dispositivos necessários produzindo impacto enquanto o território se os apropria.

Para enfrentar la cuestión socio-espacial contemporánea:

1 - el proyecto debe ser entendido como posibilitador del dialogo entre las diferencias, entre diferentes intereses, y entre lo individual y lo colectivo, y lo público y lo privado;

2 - el urbanismo para la inclusión social demanda, adecuada relación entre ciudad-urbanidad-espacio público, e iniciativas para la generación de trabajo y renta (incluida aquí la cuestión de la vivienda y los equipamientos sociales), como cuestiones intimamente relacionadas;

3 - todo abordaje, em cualquiera de  las escalas (pequeña, media, grande o territorial),  deberá considerar las interrelaciones entre los factores físicos (infraestructurales, urbanísticos y ambientales), sociales (económicos, culturales y existenciales), ecológicos (ecologia mental, social y de relación con el entorno), los relativos a la seguridad del ciudadano, y las cuestiónes del sujeto contemporáneo;

4 - urbanismo social, en el sentido aquí sustentado, significa la consideración de las condiciones de la vida urbana en primer lugar, por sobre cualquier otra perspectiva, económica o técnica;

5 - social es todo lo referido al "socius", esto es, al conjunto de las relaciones sociales establecidas, y que siempre es necesario contribuir a modificar. Desde la perspectiva de um arquitecto comprometido con las cuestiones socio-espaciales de su tiempo, lo que "está ahi", es para ser transformado democráticamente, buscando la máxima calidad urbanística, arquitectónica, ambiental y de condiciones para la convivencia de las diferencias, incluyendo en ello una nueva actitud en la relación con la naturaleza, hasta ahora vista solamente como depositária de las "acciones". Eso es ya inadmisible.

Es mucho mas que tan solo buenos proyectos lo que hace falta hoy.

Jorge Mario Jáuregui


L’urbanisme social

Il est compris comme une politique publique et comme um aspect particulier du rôle de l’architecte, c’est un urbanisme d’orientation sociale, il implique de definir simultanément actions et ressources pour les materialiser. Il doit aussi garantir la participation de la communauté et la regularisation de la situation foncière.

Il doit articuler la construction de la ville (pas seulement l’habitat, mais l’habitat avec ses infrastructures d’équipements sociaux pour l’éducation, le travail, les transports, la santé, la culture), qui sont les conditions d’un espace public de qualité.

L’urbanisme social doit être conçu dans la perspective d’une mobilisation productive du territoire à travers des projets urbains qui doivent être élaborés dans l’idée d’une eco-efficacité tant dans le champ des ressources humaines que matérielles.

Nous savons que l’urbanisme ne peut pas resoudre les problèmes politiques, mais il peut être un outil efficace pour les politiques publiques, qui ont un rapport à la ville et s’enracinent dans le territoire.

Aujourd’hui l’urbanisme mis en oeuvre (en general) contient encore quelques exceptions, “de caractère réactif”, il est fondé sur des opérations de “correction”de situations non désirées et déjà existantes, avant les opérations qui permettent de prevenir et influencer pour les éviter.

Actuellement, Il est nécessaire de faire intervenir des formes plus pro-actives. Il existe encore une méconnaissance, de la part des acteurs politiques, de l’impact (les conséquences) sur le territoire, des décisions adoptées, qui mettent en évidence les incapacités (ou les limites) de comprendre et opérer avec la complexité urbaine; et les réseaux de relations d’interdépendance au sein desquels ils interfèrent.

Il y a deux demandes claires aujourd’hui :

A- Garantir une meilleure intégration technico-politique,

B- Un meilleur engagement dans l’élaboration et la gestion des projets (de qualité) de la part des professionnels de l’habitat.

Il faut se batter pour les projets urbains, ce qui suppose de convaincre les autorités d’adopter une vision de projets à long terme, avec une approche plutôt de “regeneration”urbaine que de “renovation”, les effets de renforcement et d’amélioration du potentiel du patrimoine socio-culturel.

Aujourd’hui nous avons besoin d’une réflexion en action, qui implique un engagement social qui inclue une immersion dans les processus de transformation.

Les thèmes qui seront abordés dans le champs socio-spatial, dans toute l’Amérique latine, on un rapport avec :

1- La réorganisation du territoire;

2- L’articulation entre les villes, l’urbanisation et l’espace public.

3- L’urbanisation inclusive et durable;

4- La participation des destinataires des projets (une représentation politique) dans l’analyse de la demande.

5- La réduction de la ségrégation urbaine;

6- L’accès à la terre et au logement (financièrement viable);

7- Une mobilisation productive du territoire;

8- Une gestion du travail et des revenus (en ce qui concerne la politique sociale, la meilleure politique est l’emploi, le travail digne);

9- L’élaboration des projets “architecturaux, urbanistiques et environnementaux) autour du concept d’éco-efficacité;

10- Une capacité intellectuelle et politique de gérer et mobiliser les dispositifs necessairs à impacter sur le territoire et par là même se l’approprier.

Jorge Mario Jáuregui
Traduit par Chiara Tomaselli


Urbanismo Sociale

Esteso come politica di stato e come aspetto particolare del ruolo di architetto, l'urbanismo di orientamento sociale implica definire contemporaneamente azioni e mezzi da realizzare.

Deve garantire sia la partecipazione della comunità sia la regolarizzare della situazione territoriale.

Deve gestire la costruzione della città (non solo abitazioni, ma alloggi con ulteriori attrezzature sociali per l'educazione, il lavoro, il trasporto, la salute e la cultura), oltre alle condizioni urbane e lo spazio pubblico di qualità.

L'urbanismo sociale deve essere pensato nella prospettiva di una mobilitazione produttiva del territorio e i progetti di impatto urbano devono essere elaborati con l'obiettivo di eco-efficienza nell'ambito delle risorse umane e materiali.

Sappiamo che l'urbanismo non può risolvere i problemi politici, ma può essere uno strumento efficace per far si che la politica pubblica, riguardante la città, si radichi nel territorio.

Oggi l'urbanismo che si realizza è ancora (in generale), a parte alcune eccezioni, di tipo "reattivo", basato su operazioni di "correzione" di situazioni non desiderate e già prodotte, mentre sarebbero necessarie operazioni di prevenzione.

Nel presente è necessario intervenire in forma più "proattiva". Esiste ancora una mancanza di consapevolezza, da parte degli attori politici, rispetto gli impatti e conseguenze sul territorio, delle decisioni che adottano, evidenziando l'incapacità (o limitazioni) di capire ed operare con la complessità urbana; rete di relazioni di interdipendenza nel quale sta interferendo.

Ci sono due richieste chiare ad oggi:

A - garantire una migliore interazione tecnico-politica;

B - un maggiore compromesso nell'elaborazione e gestione dei progetti (con qualità) da parte dei professionisti di abitazioni.
I progetti urbani si concretizzano, ma questo suppone convincere le autorità ad adottare visioni e progetti a lungo termine, con un'adozione più di "rigenerazione" urbana che di "rinnovamento", per rinforzare e potenziare il patrimonio socio-culturale.
Oggi abbiamo bisogno di un pensiero in azione, che implichi un compromesso sociale e che si inserisca nel processo di trasformazione.

I temi indirizzati nel campo socio-spaziale, in tutta l'America Latina, hanno a che vedere con:

1 - riorganizzazione del territorio

2 - articolazione della città, dell'urbanismo e dello spazio pubblico

3 - urbanizzazione inclusiva e sostenibile

4 - partecipazione dei destinatari dei progetti (rappresentazione politica) attraverso l'interpretazione delle richieste

5 - riduzione del divario urbano

6 - accesso alla terra e alle abitazioni ( finanziamento praticabile)

7 - mobilitazione produttiva del territorio

8 - generazione di lavoro e di reddito (infatti per la politica sociale, la migliore politica è dare occupazione, un lavoro dignitoso)

9 - elaborazione di progetti (architettonici, urbanistici e ambientali) con il concetto di eco-efficienza

10 - capacità intellettuale e politica di generare e mobilitare i dispositivi necessari producendo realtà mentre il territorio se ne appropria

Per affrontare la questione socio-spaziale contemporanea:

1 - il progetto deve essere esteso come possibilità di dialogo tra le differenze, tra i diversi interessi, e tra l'individuale e il collettivo, il pubblico e il privato;

2 - l'urbanismo per l'inclusione sociale richiede adeguate relazioni tra città-urbanismo-spazio pubblico e iniziative per la generazione di lavoro e reddito (inclusa la questione dell'alloggio e delle attrezzature sociali), come questioni intimamente relazionate;

3 - l'approccio, in qualunque scala (piccola, media, grande e territoriale), dovrà considerare le interrelazioni tra fattori fisici (infrastrutturali, urbanistici e ambientali), sociali (economici, culturali ed esistenziali), ecologici (ecologia mentale, sociale e di relazione con l'intorno), quelli relativi la sicurezza del cittadino e la questione del soggetto contemporaneo;

4 - urbanismo sociale, nel senso qui sostenuto, significa considerare in primo luogo le condizioni di vita urbana, poi qualunque altra prospettiva, economica o tecnica;

5 - sociale è tutto riferito al "socius" (compagno in latino), questo è, insieme delle relazioni sociali stabilite, e che è sempre necessario contribuire a modificare. Dalla prospettiva di un architetto impegnato con la questione socio-spaziale del suo tempo, quello che c'è, è per essere trasformato democraticamente, cercando la massima qualità urbanistica, architettonica, ambientale e di condizioni per la convivenza delle differenze, includendo in esso una nuova attitudine nel relazionarsi con la natura, finora vista solamente come depositaria delle "azioni". Questo è inammissibile.

Hai giorni nostri manca molto di più che solo buoni progetti.

Jorge Mario Jáuregui
Tradotto da Martina Menconi