Urdimbres

 


     
 
 

URDIMBRES
O sentido do essencial

A questão é:
                   “trabalhar solidariamente o devir do mundo”
                                                                            Heráclito

Atitude generosa, de aproximação ao outro, por meio de uma ambiência estimulante com diferentes alternativas de aproximação-conexão.
Trata-se de um suporte para diferentes atividades (circular, estar, contemplar, participar, se informar), em grupo ou individualmente. Permitindo uma “passagem” de uma realidade para outra, de um contexto para outro; de uma cultura para outras. Uma passagem entre culturas, mediante a aproximação do olhar, do “escutar” e da experiência estética.
Originada num local e contexto especifico (as favelas do Rio de Janeiro), através de um procedimento projetual algo se vai transformando, transfigurando, num espaço-tempo determinado.
O objeto aqui apresentado, derivado de uma matriz habitacional de caráter essencial (no sentido de, com o mínimo de materiais e espaço, produzir uma experiência estimulante) originária do morro, é o suporte de novos usos, conectividades e sensações, estabelecendo uma nova referência tanto para a articulação do individual e do coletivo, quanto do longínquo e do próximo. Um objeto aberto, para algo ser inscrito. Nele, a palavra grega “skene”, ecoa. E também, teto protetor, microcosmos. Origem da casa-habitação. Objeto efêmero, frágil e fugidio, que existe e tem validade enquanto se mantêm as condições de exceção. Implica uma suspensão do tempo. A “skene” é um objeto de exceção que exerce a atração do que está localizado fora das normas habituais.
Configuração de um “agregado sensível”, em relação crítica com a modernidade. Modernidade que incluiu o drama da “colonização”.
Os estímulos para esta configuração vêm de vários lugares e “campos” simultaneamente.
As relações entre o real, o simbólico e o imaginário. As problemáticas do sujeito. O objetivo e o subjetivo. Matéria, espaço; uma “aura especial”. Subir, descer; a luz, os materiais, as texturas. As visões de e sobre o objeto. Uma intersecção entre arquitetura, cidade, paisagem, psicanálise e arte, produzindo uma experiência sócio-espacial; um deslizamento de significações. Uma alusão a “pontes” que estão sendo construídas.
Um processo onde o formal e o informal se entretecem, possibilitando um jogo de ressonâncias.
Tanto nas favelas do Rio quanto em Kassel, podemos perceber um “déficit de urbanidade”.
Em Kassel as disrrupções não são especificamente de tipo espacial, mas sim, de caráter social. A sociedade que produz os seus membros excluídos, os localiza no mesmo tipo de tecido físico. No Rio de Janeiro, as diferenças sócio-espaciais entre excluídos e incluídos são notórias, escandalosas, e implicam uma vida em vulnerabilidade.
Em ambos os casos, trata-se de um déficit de urbanidade e de espaço público. Urbanidade, entendida como uma forma de vida feita de uma multiplicidade de vínculos conectados até ao infinito, onde os curtos-circuitos são frequentes. Espaço público, como essas superfícies, mais ou menos perfuradas, onde se produzem deslizamentos, dos quais resultam entrecruzamentos, bifurcações e cenificações coreográficas.
Em Kassel, o desafio consiste em imaginar outro tipo de relações entre o habitacional e o lugar público (que só se torna espaço público em limitadas ocasiões) através da qualificação e rearticulação das centralidades existentes e a introdução de outras novas, configurando atratores de convivencialidade com consistência estética e espacial.
No Rio, na cidade informal, resultado da forma que adota o sistema capitalista que produz a ilegalidade e a pobreza, também falta o espaço público. Nem sequer existe o conceito. Nela, todo o espaço é privado, e o que não o é, não é “de ninguém”. Mas apesar disso, existe um forte laço social entre os habitantes, que pode funcionar, para o conjunto da sociedade, como referencia para uma “terapêutica política”. A favela é, apesar de tudo, o lugar de uma intensa dinâmica em continua transformação; o lugar do puro devir. E também, do domínio do essencial.
Assim, em ambos os casos, em Kassel e nas favelas do Rio (e no mundo da periferia em geral) do que se necessita é de um DNA urbano, que, incluindo a dimensão estética como componente estrutural, possa funcionar como um espaço de conexão entre o individual e o coletivo e, usando como referencia a banda de Möebius, permita a interação destes domínios sem interromper as continuidades.
É precisamente a continuação da planta baixa -espaço habitável-terraço, o que pode permitir não só uma rica diferenciação de situações sócio-espaciais (o contacto com o outro, a proteção, as vistas sobre o entorno) mas também a convivência, nessa interface constituída pela superfície diretamente conectada com os acessos. É este espaço de encontros, onde o corpo social coletivo está refletido, relacionado com a idéia de cooperação internacional, que funciona como local da inversão do espaço e das relações sociais. Um não-lugar que existe em relação dialética com um lugar.
E, porque o ato criativo, produto de alianças e encontros permanentemente atualizados, pulsa ativamente na transformação quotidiana da realidade, e ele nos coloca frente ao Outro, gerando uma “estranheza familiar”.

URDIMBRES
The sense of the essential
Fragile Structures – Strong Conviviality

The question is: to work solidarily the becoming of the world..
Heráclito

In our worldized age, it is necessary to favor visibility and opportunity for the emergence of “unimportant peoples”, allowing new “meetings” and “alliances”.  The esthetic of the informal implies a thawing of sensibilities through criticism of neutralized world visions.  It is necessary to approximate “listening” and “looking”.

The creative capacity of members of excluded social groups opens space for another idea of intimacy, urbanity, based on a critical revision of social, cultural, economic, and political relationships.

In the “informal” city there is a fabulous energy, a multiplicity of languages, ways of life, temporalities, and “new territories”.  A force that needs to be questioned.  It is necessary to move in the interface between esthetic production and socio spatial transformations.

In Rio’s favelas (characterized by life in vulnerability), as well as in Kassel, there is a lack of urbanity, and, as a consequence, of public spaces.  Urbanity means a way of life made of a multiplicity of links, weak and precarious, where short circuits are frequent.  Public spaces, as surfaces more or less perforated, where sliding takes place, create intertwinings, bifurcaions, and urban scenes.

In Rio and Kassel (and in all the world of periphery) an urban DNA is necessary, a space of connection between the individual and the collective that, by using the Moebius strip as a metaphor, allows continuity between these two domains, and, together with esthetic quality, constitute a “sensible aggregate”. 

 

 

URDIMBRES
Von Spaltung zur Fusion

“Die Sache ist: das Werden der Welt zusammen arbeiten...“
Heráclito

Grossmütige Stellung, der Annährung zu der Andere durch eine anregende Atmosphäre wo verschiedene Aneigungsalternativen zusammenleben und verbinden, und unterschiedliche Ästethike “verhandeln“.
Es besteht aus einer Auflage für mehrere Aktivitäten, individuell oder in Gruppe, wie z.B. spazieren, anschauen, teilnehmen und sich über etwas informieren. Die Ermöglichung einen Durchgang von einer Realität zur andere, von einem zum anderen Kontext, von einer zu einer andere Kultur. Einen “Durchgang“ inzwischen Kulturen, durch die Annäherung der “Anschauen“ und der “Zuhören“ und die ästhetische Erfahrung.
In einem bestimmten Ort und Kontext (die Favelas in Rio) ausgestanden, etwas wird durch einen entwürflichen Prozess transformiert.

Das Objekt stammt aus einer “minimalistische lebensnotwendige Wohnmatrize“ (d.h., aus minimalistischen Raum und Materialien eine angenehme und stimulierende Wohnungswirkung zu erzeugen). Im „Morro“ geboren, es ist eine Abstützung für neue Nutzungen, Konnektivitäten und Gefühle, der somit einen erneuten Bezug für die Artikulation der Individuell- und Kollektivebene, der Nah und der Entfernte bildet.

Es ist ein offenes Objekt, um etwas einzuführen. In sich klingelt das griechische Wort “Skene“, genau so wie „Hütte“ und „Heim“; Mikrokosmos. Der Wohnungsursprung. Ein Objekt, das ephemär und fliehend ist, das existiert und rechtskräftig wird, solange die Ausnahmebedingungen bleiben. Es stezt eine Zeitanhaltung voraus. Die „Skene“ ist ein Ausnahmeobjekt, das alles, was ausserhalb der formellen Normen steht, für sich anzieht.
Die Entstehung einem „Feinnerviges Aggregat“, der die Modernität kritisiert. Modernität, die in sich der Drama der Kolonialität beinhaltet.
Der Antrieb dieser Konfiguration stammen aus verschiedene Orte und Fachgebiete gleichzeitig.

Der Prozess wo der Formel und der Informell sich unterhalten und einen Anklangsspiel ermöglichen.

Alles was wirklich, symbolisch und vermeintlich ist. Die Problematik der Subjekt, der “Zeitgeist“. Die objektive und subjektive Gefülle. Stoff und Raum; eine besondere “Aura“. Der vertikalische Impuls, das Licht, die Farbe, die Materialien; der Schnittpunkt zwischen Architektur, Stadt, Landschaft, Psychoanalyse und Kunst, produzieren ein Erlebnis aus Wandlung und Ablieferung; ein Bedeutungswechsel.

URDIMBRES
El sentido de lo esencial

La cuestión es: “trabajar solidariamente el devenir del mundo...”
Heráclito


Actitud generosa, de aproximación al otro, por medio de una ambiencia estimulante con diferentes alternativas de apropiación-conexión.
Se trata de un soporte para diferentes actividades (circular, estar, contemplar, fruir, participar, informarse), en grupo o individualmente. Permitiendo un “pasaje” de una realidad a otra, de un contexto a otro, de una cultura a otras. Un pasaje entre culturas, mediante la aproximación del “mirar”, del “escuchar” y de la experiencia estética.
Originada en un local y contexto específico (las favelas de Río), a través de un procedimiento compositivo algo se va transformando, transfigurando, en un espacio-tiempo determinado.
El objeto aquí presentado, derivado de una matriz habitacional de carácter esencial (en el sentido de, con mínimos materiales y espacio, producir una experiencia estética estimulante) originaria del morro, es el soporte de nuevos usos, conectividades y sensaciones, estableciendo un nuevo referente tanto para la articulación de lo individual y de lo colectivo, cuanto de lo lejano y de lo próximo. Un objeto abierto, para algo ser inscripto. En él, la palabra griega “skene”, resuena. Y también, cabaña, techo protector; microcosmos. Orígen de la casa-habitación. Objeto efímero, frágil y fugitivo, que existe y tiene validez mientras se mantienen las condiciones de excepción. Implica una suspensión del tiempo. La skene es un objeto de excepción que ejerce la atracción de lo que está localizado fuera de las normas habituales.
Configuración de un “agregado sensible”, en relación crítica con la modernidad. Modernidad que incluye el drama de la ”colonialidad”.
Los estímulos para esta configuración vienen desde varios lugares y “campos” simultáneamente.
Las relaciones entre lo real, lo simbólico y lo imaginario. Las problemáticas del sujeto. Lo objetivo y lo subjetivo. La materia y el espacio; un “aura” especial. Subir, bajar; la luz, las texturas. Las visuales de y sobre el objeto. Una intersección entre arquitectura, ciudad, paisaje, psicoanálisis y arte, produciendo una experiencia singular; un deslizamiento de significaciones. Una alusión a “puentes” que están siendo construídos.
Un proceso donde lo formal y lo informal se entretejen, posibilitando un juego de resonancias.
Tanto en las favelas de Rio como en Kassel se puede percibir un déficit de urbanidad.
En Kassel las disrrupciones no son específicamente de tipo espacial, sino más bien de carácter social. La sociedad que produce sus miembros excluidos, los localiza en el mismo tipo de tejido físico. En Rio de Janeiro, las diferencias socio-espaciales entre excluidos e incluidos son notorias, escandalosas, e implican una vida en vulnerabilidad.
En ambos casos se trata de un déficit de urbanidad y de espacio público. Urbanidad entendida como una forma de vida hecha de una multiplicidad de vínculos conectados hasta el infinito, donde los cortocircuitos son frecuentes. Espacio público como esas superficies, más o menos perforadas, donde se producen deslizamientos, de los cuales resultan entrecruzamientos, bifurcaciones y escenificaciones coreográficas.
En Kassel el desafío consiste en imaginar otro tipo de relaciones entre lo habitacional y el lugar público (que solo se torna espacio público en limitadas ocasiones) a través de la calificación y la rearticulación de las centralidades existentes y la introducción de otras nuevas, configurando atractores de convivencialidad con consistencia estética y espacial.
En Rio, en especial en la ciudad informal (la favela), resultado de la forma que adopta el sistema capitalista que produce la ilegalidad y la pobreza, también falta el espacio público. Ni siquiera existe el concepto. En ella todo espacio es privado, y el que no lo es, no es “de nadie”. Pero a pesar de eso, existe un fuerte lazo social entre los habitantes, que puede funcionar, para el conjunto de la sociedad, como referencia para una "terapéutica política". Pues la favela es, a pesar de todo, el lugar de una intensa dinámica en contínua transformación; el lugar de un puro devenir. Y también, del dominio de lo esencial.
Así, en ambos casos, en Kassel y en las favelas de Rio (y en el mundo de la periferia en general) de lo que se necesita es de un DNA urbano, que incluyendo la dimensión estética como componente estructural, pueda funcionar como un espacio de conexión entre lo individual y lo colectivo, y usando como referencia la banda de Möebius, permita la interacción de estos dos dominios sin interrumpir las continuidades.
Es precisamente el continuum planta baja - espacio habitable - terraza, lo que puede permitir no solo una rica diferenciación de situaciones socio-espaciales (el contacto con el otro, la protección, las vistas sobre el entorno) sino también la convivialidad en esa interfase constituida por la superficie directamente conectada con los accesos. Es este espacio de encuentros, donde el cuerpo social colectivo está reflejado, relacionado con la idea de cooperación internacional, que funciona como locus de la inversión del espacio y de las relaciones sociales. Un no-lugar que existe en relación dialéctica con un lugar.
Y porque el acto creativo, producto de alianzas y encuentros permanentemente actualizados, pulsa activamente en la transformación cotidiana de la realidad, él nos coloca frente al Otro, generando una “extrañeza familiar”.


The black and white box

URDIMBRES
Le sens de l’essentiel

La question est:
“Travailler solidairement le devenir du monde”
Heráclite

C’est une généreuse attitude de se rapprocher de l'autre, à travers une ambiance stimulante, où coexiste des alternatives différentes d’ appropriation-connexion.
C'est un soutien de diverses possibilitiés telles que le croisement, la contemplation, l´information ou la participation, qui peut être vécu en groupe ou individuellement. Permettre un « voyage » d'une réalité à l'autre, d'un contexte à un autre, d’une culture à d’autres. Un passage entres cultures qui se rapprochent par le regard, l’écoute et l‘expérience esthétique. A partir d’un processus composé, les favelas de Rio originaires d’un lieu et d’un contexte spécifique, vont se transformer et se transfigurer en un espace-temps déterminé.
L’objet présenté ici à Kasell, dérive d’une cellule d’habitation à caractère essentiel (c’est à dire, produit d’une expérience esthétique stimulante avec un espace réduit et un minimum de construction). -Originaire des «morros» collines de la ville de Rio- l’objet acquiert de nouveaux usages, connections et sensations, établissant une autre référence tant par la relation du collectif et de l’individuel que par le lointain et le proche. Un objet ouvert pour que quelque chose y soit inscrit. En lui, le mot grec “skene” résonne, mais aussi, les termes cabane; toit protecteur; microcosme. Objet éphémère; fragile; fugitif, qui existe tant qu’il maintient ses conditions d’exception. Ceci implique une suspension dans le temps. La “skene” est l’objet d’exception exerçant une attraction sur ce qui se situe hors-norme.
La configuration d'un « agrégat sensible » est en relation critique avec la modernité. Celle-ci inclut à elle-même le drame de la « colonialité ».
Les stimulants de cette configuration viennent simultanément de plusieurs lieux et champs :
Les relations entre le réel, le symbolique et l’imaginaire ;les problématiques du sujet ;l’objectif et le subjectif. La matière et l’espace. Un aura special. Monter, descendre. La lumière, les textures. Les vues de l’objet, les vues sur l’objet. Une intersection entre architecture, ville, paysage, psycho-analyse et art, produisant une expérience singulière, un glissement de significations, une allusion à des « ponts » en construction. Un processus où le formel et l’informel s’entrelacent, établissant la possibilité d’un jeu de résonances.

Les favelas de Rio, comme la cité de Kassel, peuvent être perçues comme une urbanité défaillante.
Dans le cas de Kassel, les ruptures ne sont pas des spéficités de type spatial, mais bien de caractère social. La société génére des membres excluts qu’elle concentre dans le même tissu urbain.
A Rio de Janeiro, les differences sociaux-spatiales entre les excluts et les intégrés sont notoires, scandaleuses, et impliquent une vie « en vunérabilité ».
Dans un cas comme l’autre, il s’agit d’un déficit d’urbanité et d’espace public.
Par urbanité il faut entendre un mode de vie fait de liens connectés à l’infini, où les court-circuits sont fréquents.
L’espace public et ses caractéristiques plus ou moins continues ,est le lieu où se produisent des glissements, qui générent des croisements, des bifurcations et des mises en scènes chorégraphiques.
Concernant Kassel, les difficultés consistent à imaginer un autre type de relations entre habitations et lieux publics (qui se transforme en espaces publics seulement dans des situations occasionnelles et limitées) à travers la qualification et la réarticulation des pôles existants, et l’introduction de nouveaux éléments configurants des lieux « attracteurs » de convivialité avec une consistance esthétique et spatiale.
A Rio, particulièrement dans la ville informelle (la favela), la forme urbaine est une résultante du système capitaliste qui produit de l’illégalité, de la pauvreté, et spécifiquement, des carences d’espaces publics. Où il ne règne aucun concept. Dans la ville informelle tous les espaces sont privatisés, où n’appartiennent à personne. Des lors, il existe un solide lien social entre les habitants, qui peut fonctionner, pour l’ensemble de la société, comme référence pour une « thérapie politique ». La favela est avant tout un lieu d’une intense dynamique en perpétuelle transformation ; un lieu en devenir. Mais aussi, le lieu de l’essentiel.
Comme l’avait perçu Le Corbusier, lors de son voyage au Brésil de 1929, « Dans la favela se développe des scènes de vie populaire animées d’une si magistrale dignité ».
Ainsi la cité de Kassel et les favelas de Rio (et du monde de la périphérie en général), nécessitent un ADN urbain, incluant la dimension eshétique comme composante structurelle, qui peut fonctionner comme espace de connection entre individuel et collectif, et, prenant comme référence l’anneau de Möebius, va permettre l’interaction sans interrompre les continuités.
C’est précisément la continuation du rez de chaussée -espace d’habitation- la terrasse, où il est permis non seulement une riche différenciation de situations sociaux-spatiales (le contact avec l’autre, la protection, les vues aux alentours), mais aussi la convivialité dans cette interface constituée par la superficie directement connectée avec les accés. Cette espace de rencontres, où le corps social collectif est refleté, relié avec l’idée de coopération internationale, fonctionne comme lieux de l’inversion de l’espace, et des relations sociales établies.
Un non-lieu qui existe en relation dialèctique avec un lieu.
C’est pourquoi l’acte de créer, produit des alliances et des rencontres perpétuellement actualisées, qui impulse activement la transformation quotidienne de la réalité ; nous place en face de l’autre, et génère une « étrange familiarité».


Pamphlet documenta 12 (cover)


Pamphlet documenta 12 (interior)

" In Jáuregui´s work with the living organism of the favelas something extraordinarily is proposed. Or if not proposed, then set in motion by the powerful means of architectural improvisation. It is a matter of re-imagining the relationship between subjectivity and the world."
Roger Buergel, Artistic Director of the documenta 12

"DAS PROJEKT IST EINE WAFFE"

Documenta 12 - Teilnehmer Jorge Mario Jáuregui spricht über die Urbanisierung von Favelas in Rio de Janeiro. Das Gespräch führte Klaus Schaake, Herausgeber des StadtteilZeit Magazins.
World Future Council

Listen (23.7 Mb)

Jorge Mario Jáuregui

Tradução:Inês Isidoro
Ines Guzman
Marie Anne Ferreira
Andrew Vesselinovitch