Sobre tudo a visão noturna, a “máquina de habitar” iluminada, os “milhões de mundos”, o
ilimitado, o sem limite; multiplicação... o abigarrado... E as artérias, os vasos comunicantes desse corpo gigante; o movimento iluminado... A ideia de um “todo”, de um enorme conjunto. O macro; infinito... onde a terra se junta com o céu... Essa é uma das percepções. Poesia “de conjunto”; números infinitos... Sem escala... cidade viva 24/7 “a dura poesia...” de que fala Caetano E depois, o fragmento... A rua da Escola da Cidade desde o boteco em frente, olhando no sentido contrário ao fluxo do trânsito. Horizontalidade e verticalidade... Mas também o “enviesado”, os prédios do final da rua... Linhas, superfícies, volumes... O reto e o arredondado (o edifício Itália) E a suave presença da vegetação, das árvores na calçada... E na minha visita no 11 de setembro de 2019, a presença florida do ipê branco na entrada da Escola. Flores brancas na árvore (parecia nevada) e o tapete branco no chão... Pura poesia paulista... Sampa... (E depois, e junto com isso... gente abandonada nas calçadas... as periferias tristes... a falta de urbanidade para todos...)
Jorge Mario Jáuregui
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