Não se trata de ir à favela para impor uma “griffe”. Não é que esteja mal fazer “desenho autoral” na favela, mais a questão prioritária é outra. É produzir, provocar um encontro entre duas lógicas, duas inteligências, e sobretudo, uma inserção no lugar permitindo continuidades. É sobretudo uma questão de “saber ler” a estrutura de um lugar, saber “escutar” as demandas dos habitantes e fazer o que deve ser feito (questão ética). Mas, em princípio, é bom que entre gente neste campo que ajude a elevar a qualidade do que se produz. Tudo que é feito diretamente pelo poder público, em qualquer circunstância, é de baixíssima qualidade de projeto no país. Assim, aquilo que contribuir para elevar a exigência de qualidade, é bem – vindo . Depois, e só depois, se houver desvios , haverá que corrigi-los. Jorge Mario Jáuregui |