Jorge
Mario Jáuregui, é um "carioca" de origem Argentina, que encontrou o seu
lugar na arquitectura e no mundo ao lidar com o conflito entre a cidade
formal e a cidade informal. Jorge
Mário Jauregui é formado pela Faculdade de Arquitectura da Universidade
Nacional de Rosario, Argentina. Vive no Rio de Janeiro desde 1978, onde
tem o seu gabinete de arquitectura. É Arquitecto Urbanista pela Faculdade
de Arquitectura da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entrevista e foto do entrevistado: José Costa Pina ARQUITECTURA
e VIDA - O seu percurso profissional é muito variado, vai do design ao
urbanismo, passando pela crítica arquitectónica, a filosofia e uma relação
muito próxima com a psicanálise e as artes; no entanto, é através do trabalho
de intervenção na cidade "não formal" (Favelas) que veio o reconhecimento
internacional através de vários prémios. Realmente tive esse privilégio (hoje o vejo assim) de haver podido chamar a atenção para este aspecto, quantitativa e qualitativamente, tão importante no nosso continente, que é a "cidade informal". Na América Latina, a questão da bipolaridade "formal / não formal" adquire conotações muito especiais. Foi a partir da exigência de pensar numa metodologia específica de carácter inter-disciplinar e da necessidade de interpretar as demandas da população que dei início a um processo de reflexão muito particular, para o qual não tinha tido oportunidade de pensar, antes do surgimento do programa de urbanização de favelas. Uma das diferenças fundamentais entre intervir na cidade formal e na cidade informal é que, esta última, exige articular os aspectos físicos (urbanístico-arquitectónico-ambientais) com os sociais (económico-cultural-existenciais) e os ecológicos, considerando as três ecologias mencionadas por Felix Guattari (ecologia mental, ecologia social e ecologia ambiental) de forma simultânea, no mesmo acto projectual. A outra exigência muito particular deste tipo de intervenções é a da "escuta das demandas" da população, para o qual é possivel se apropriar, de forma consciente, da metodologia da psicanálise (atenção flutuante e associação livre). Isto significa que não se trata simplesmente de responder às demandas senão de reinterpretá-las diferenciando entre demanda manifesta e demanda latente. Por outro lado este tipo de trabalho ligado à complexidade, exige uma apropriação de conceitos da filosofia, tais como o conceito de rizoma, o conceito de dobra e os conceitos de espaço liso e espaço estriado, entre outros, bem como dos conceitos da teoria do caos, tomada aqui na sua perspectiva de "extrema sensibilidade às condições iniciais", que é um aspecto muito relevante em relação ao trabalho nas favelas. O programa denominado Favela-Bairro, implantado pela Prefeitura do Rio, veio transformar o panorama urbanístico do Rio de Janeiro, de que forma? De que é que se trata? Antes da existência deste programa (Favela-Bairro), que não é outra coisa senão a sistematização e reformulação da experiência acumulada durante décadas de intervenção nas nossas grandes cidades (onde só havia actuações de caráter fragmentário tais como saneamento básico, contenção de encostas, relocação de residências em áreas de risco, etc), mas de forma desconexa, hoje, se trata de pensar primeiro o global, isto é, ter uma reflexão sobre a cidade como um todo, e a partir da leitura da estrutura de cada lugar, e da escuta das demandas, derivar o Partido Urbanístico, isto é, o princípio estruturador geral de um projecto.
Outros programas foram também implantados, quais foram e quais as suas diferenças, virtudes e defeitos? Existem de facto vários programas para atender às diferentes escalas dos problemas. Digamos que existe um leque S-M-L-XL isto é, a escala pequena, a média, a grande e a extra-grande nas intervenções. Eu comecei intervindo na escala média que é o programa Favela-Bairro (destinado a comunidades que tem entre 500 e 2500 famílias), fiz também intervenções na pequena escala, no programa Bairrinho (menos que 500 famílias), intervenções para a grande escala, como a favela de Rio das Pedras, Programa Grandes Favelas (12.000 famílias ou 60.000 habitantes) e estou trabalhando, agora, na escala extra-grande, no Complexo do Alemão e no Complexo de Manguinhos, que são grupamentos urbanístico-sociais de escala territorial. Trata-se da elaboração de estruturações tipo Plano Diretor, para extensas áreas que abrangem 11 favelas com uma população de 250.000 habitantes no caso do Complexo do Alemão, e cerca de 110.000 habitantes no caso do Complexo de Manguinhos...Cada uma destas escalas demanda formas de abordagem, metodologias e formas de trabalho, claramente, diferenciadas. Vários outros gabinetes, estão a trabalhar no mesmo programa do Favela-Bairro. Qual é a razão dos vossos prémios e qual é a diferença e a originalidade das vossas propostas? Do meu ponto de vista, a diferença fundamental consiste no "approach" projectual. Enfrento cada novo desafio projectual como se de um experimento se tratasse, e não como uma forma de manter apenas uma estrutura produtiva. Isto significa que há sempre algo em jogo comandando o projecto que, como dizem os psicanalistas, tem a ver fundamentalmente com o "desejo". Consciente ou inconscientemente, é a capacidade de estabelecermos com os nossos interlocutores uma "transferência" o que cria condições, mais ou menos favoráveis, para a elaboração de um projecto. Além, é claro, da capacidade técnica e do saber disciplinar específico com que devemos contar para poder intervir em situações que envolvem extrema complexidade, como é o caso das intervenções que visam a articulação da cidade partida, onde se interceptam lógicas da mais variada índole, sob as mais diferenciadas circunstâncias. Caetano
Veloso tem uma frase bem significativa a respeito disso quando diz: "agente
não sabe o lugar certo onde colocar o desejo" e, como arquitectos, sempre
precisamos estar "encontrando" esse lugar. Sendo o vosso trabalho, claramente, interdisciplinar qual é o papel que cabe ao arquitecto nessas equipas? As equipas de trabalho são constituídas por arquitectos-urbanistas, engenheiros civis das várias especialidades (de trânsito, de infraestruturas, de contenções, etc) geógrafos, sociólogos, assistentes sociais, consultores de programação artística e cultural, e também, mantenho diálogo permanente com psicanalistas e filósofos, como já mencionei. O arquitecto-urbanista é o coordenador da equipa e quem canaliza e sintetiza todas as decisões projectuais. Qual é a abordagem que a vossa equipa faz do território no caso das favelas? Hoje
em dia, quando se quer intervir em problemas complexos como, por exemplo,
o de articular a cidade formal com a cidade informal, a cidade dos fluxos
com a cidade dos lugares, é necessário trabalhar de forma coordenada pondo
em relação e interceptando diferentes visões e formas de abordar, problemas
que vão desde o urbano, ao social, ao económico, ao ecológico, e onde
se entrecruzam o ético (isto é, o que tem a ver com princípios), o estético
(isto é, o desafio do novo) e o político (o que implica a relação sempre
tensa com as estruturas de poder). A abordagem deve ser, claramente, transdisciplinar,
quer dizer, deve tender para a busca da coincidência de paradigmas, como
mínimo, duas a duas disciplinas. Essa abordagem é muito diversa do tipo de abordagem que deverá ser feita na parte formal das cidades? A forma de actuação é , claramente, diferenciada da actuação na cidade formal, principalmente no que se refere à "escuta das demandas", onde o diálogo é menos "interactivo" (no caso da cidade formal). Isto significa que a participação dos destinatários dos projectos, no caso das favelas, adquire diversas conotações; inicialmente são interlocutores para a definição dos programas, posteriormente colaboram na fiscalização da execução das obras e finalmente fazem parte do posto de orientação urbanístico e social que é instalado em cada comunidade urbanizada, pós-obras. Pelas visitas que efectuámos às favelas onde intervieste, pudemos constatar a introdução de uma série de novos programas de grande interesse social. Quais são e qual é a importância de que se revestem no seio dessas comunidades? O objectivo das intervenções é, claramente, "construir cidade". Isto significa, introduzir os atributos da urbanidade em lugares carentes de toda a presença da dimensão do espaço público. Na favela existe de tudo menos espaço público e edificações representativas da presença do poder público na comunidade e é isto que buscamos introduzir, juntamente, é claro, com novas condições de acessibilidade, com a recomposição das centralidades, e a incorporação de novos serviços e equipamentos. Assim, a introdução de Centros Profissionalizantes, Centros de Geração de Trabalho e Renda, Centros Culturais, Creches, Escolas, Instalações Desportivas, Centros de Saúde; Praças, Parques e Espaços Públicos; novos traçados viários veículares e de pedestres, projectos para recolha e tratamento do lixo, constituem ao mesmo tempo, novos componentes reais, simbólicos e estéticos, no interior de áreas desestruturadas. Constatámos, também, uma grande preocupação formal num programa que é de base, claramente, social. Qual é o espaço que encontraste para uma pesquisa formal e quais são as influências que a vossa intervenção trouxe ao modo de viver e pensar dessas pessoas? Na verdade não encontrei nenhum espaço para a criação formal, tive que criá-lo. Isto significa que, muitas vezes, você deve criar as condições para a recepção de um projecto, sobretudo em relação ao próprio poder público, que no que a ele respeita, só está interessado, na maioria das vezes, no cumprimento do contrato e não na qualidade do que se faz. A influência principal, no modo de viver e pensar das pessoas às quais se destinam as nossas intervenções, consiste na mudança radical que elas provocam quanto à sua auto estima. Como diz o crítico Roberto Segre, "é emocionante visitar uma comunidade urbanizada pela equipe de Jorge Mario Jàuregui e perceber, tanto no ambiente físico, quanto no estado de espírito das pessoas, a fundamental mudança quanto a passar a se sentirem parte da cidade formal", pois, a partir desse momento, com as mudanças físicas vem também a regularização da situação fundiária que faz parte da passagem da situação informal para a formal, e da exclusão para a inclusão. Outro sintoma fundamental das mudanças, está no facto de que, da mesma maneira do que na cidade formal, nas favelas, a partir do investimento público há uma resposta imediata de cada morador que passa a investir, também, na melhoria de sua própria moradia, o que contribui para uma transformação radical do ambiente físico. Numa das vossas intervenções, penso especialmente em Fubá/Campinho, tens uma clara citação da Casa das Canoas, no bloco de apoio ao campo de futebol, é uma homenagem ao mestre Oscar Niemeyer? Sim, trata-se da Vila Olímpica implantada nessa comunidade, onde o programa, uma instalação para actividades desportivas incluindo campo de futebol, pista de atletismo e edificações de apoio, permitiram trabalhar com uma estrutura de tectos suspensos funcionando como grandes guarda-sois em betão aparente, abertos ao entorno. É sim uma referência à Casa das Canoas, uma espécie de homenagem ao mestre, que constitui, para mim, um marco referencial fundamental da Arquitectura Moderna Latino-Americana. O Oscar Niemeyer é um grande arquitecto e largamente conhecido pelo seu discurso de esquerda com grandes preocupações sociais. No entanto a nível da sua prática arquitectónica ficou sempre ligado ao poder, como ele mesmo admite. Como é que vês as posturas sociais do Oscar e que diferenças ou semelhanças podes constatar no vosso trabalho? Essas diferenças podem configurar duas posturas diferentes, uma moderna e outra pós-moderna? É às vezes paradoxal, como entre as declarações de intenções e a prática concreta na relação com os "clientes", aparecem as dicotomias. Realmente, Oscar quase não teve oportunidade de lidar com as necessidades dos sectores mais desfavorecidos, talvez porque as demandas concretas de projecto o levaram noutra direcção, a pesar da sua posição político-ideológica. Hoje, no entanto, a questão da articulação da cidade fragmentada, tanto física quanto socialmente, se transformou no máximo desafio em toda a América Latina. Penso que esta é uma das diferenças fundamentais de foco entre o modernismo e a situação actual. Agora, partimos da leitura da cidade existente e buscamos realizar nela novas conectividades visando sua re-articulação, mais do que "inventar do zero", que era a postura moderna. A posição hoje, pode ser caracterizada como uma atitude de "extrema sensibilidade às condições iniciais", em oposição à atitude moderna de imposição ao lugar.
Qual é a avaliação, que fazes hoje, da arquitectura contemporânea no Brasil? O Brasil, teve a sua contribuição principal ao cenário internacional, primeiro, durante o período colonial com a elaboração e processamento dos modelos do barroco chegados desde Portugal, onde se destacam entre outros, o trabalho do Aleijadinho em Minas Gerais, depois mediante as obras de alta qualidade produzidas no perído da Art Decó, e finalmente durante o período moderno, onde toda uma plêiade de arquitectos absorveram os princípios modernos e os souberam traduzir em obras que até hoje continuam sendo referências, fonte para releituras. Hoje, no entanto, o panorama é completamente diferente e o país perdeu sua participação no diálogo internacional. Depois do período heróico moderno, poucos arquitectos brasileiros têm realizado uma obra significativa e representativa das grandes transformações que aconteceram no mundo após esse momento . Somente, Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha continuaram a produzir uma obra consistente, cada um à sua maneira. É nas jovens gerações que hoje despontam sinais de renovação, que apontam para a busca de uma re-inserção do Brasil no cenário internacional. O teu trabalho, além da urbanização das favelas, tem também uma pesquisa teórica e formal, que está conectada com a vanguarda conceptual. Como te situas neste campo, em relação ao momento actual? Sempre me interessou e participei da discussão teórica sobre os rumos da arquitectura e do urbanismo contemporâneos. Como você sabe, eu sempre escrevo e publico artigos e ensaios e também dicto seminários e realizo oficinas de projecto em vários países de América Latina. Nas últimas oficinas de projecto (chamadas de Taller) que realizei em Montevideo e Cidade do México, a questão da relação entre teoria e prática projectual está no centro das considerações. Neste sentido, hoje me interessa, enormemente, a questão da pesquisa entorno das questões relativas à genética urbana e à função dos diagramas nas elaborações projectuais. O
que podemos chamar de "genética urbana" tem haver com a busca de uma sistematização
elástica, topológica, da forma, considerando os processos espaciais, desenvolvidos
no tempo. Por
outro lado, o diagrama serve como critério de acção, como trajectória
seminal ou como programa-base de um sistema ou dispositivo operativo e/ou
gerador. Um diagrama resume múltiplas operações numa só, sintetizando
sobre um suporte legível uma série de códigos contendo significados ou
informações. Um dos teus projectos mais recentes, a Casa Klein, apresenta características muito especiais (é quase um manifesto), e tem um embasamento teórico muito ligado à geometria não-linear, e em especial às pesquisas psicanalíticas de Jacques Lacan, podes falar-nos sobre isso? O Projecto da Casa Klein me permitiu indagar em torno de questões que venho elaborando nos últimos anos, relativas às relações entre arquitectura e psicanálise, e por este viés, na busca de uma arquitectura topológica, como forma de investigação e de buscas para além da modernidade. Estas buscas passam hoje pela utilização de uma geometria não-linear, topológica, capaz de possibilitar uma continuidade interior-exterior, sem interrupções, um continuum dentro-fora imprimindo uma expressão dinâmica às formas, ao mesmo tempo que mantendo as conquistas modernas relativas à leveza, transparência e uma certa "desmaterialização" do objecto (pensando em Mies, por exemplo).
Para Lacan, a arquitectura está estruturada em torno do vazio (tomando o exemplo do oleiro, que configura o vazio definindo suas bordas, os limites do vaso) e o que a diferencia do edifício é a potência lógica que a ordena, além do que o edifício suporta de possível utilização. Isto tem fortes sugestões para nós arquitectos, no sentido de nos estimular a pensar o objecto "pelas suas bordas", partindo da definição, do modelado das superfícies "para configurar espaço". Este vazio é a verdadeira razão de ser da arquitectura e "não deve ser preenchido". Na cidade é a mesma coisa. O espaço colectivo, que não é apenas aquilo que não está construído, é precisamente o que mantém juntas as partes (os fragmentos de que se compõe o urbano) é a razão de ser da cidade, e neste sentido tem um carácter sagrado; por isso não deve ser preenchido, mas sim "modelado", num permanente processo de configuração e re-configuração, onde cada época deixa a sua "marca", o seu traço. Assim, tanto o espaço interior (objecto) quanto o espaço "exterior" (urbano) não podem ser definidos somente em função dos usos, devendo ir bem além da sua função. Por isso pertencem ao campo do simbólico, como produtos de uma cultura, onde, como sabemos, a relação entre o local (o lugar) e o universal estão na base das significações. Nós poderíamos pensar também esta configuração do espaço, como tendo dois impulsos diferentes e contrapostos. Como sendo a interseção entre o espaço de fluxos (individuais, colectivos, de informações; fluxos naturais e electrónicos) e o espaço sensível ao lugar (à topografia, à paisagem, ao clima, à cultura). Sendo as cidades e a realidade Latino Americanas muito diferentes da europeia, quais as lições e recomendações que poderiam ser aplicadas às cidades em Países como Portugal e em sociedades como a nossa? Hoje, a fragmentação social e do tecido urbano é um mal que assola as cidades em todo o mundo e não somente na América Latina; claro que esta fragmentação, apresenta enormes diferenças segundo se trate de países inseridos num contexto de desenvolvimento, como Portugal e Espanha, ou no contexto de dependência Latino Americano. De qualquer forma, a necessidade de pensar a articulação do partido, do dividido, do fragmentado, apresenta exigências comuns quanto à abordagem metodológica para tratar com situações de complexidade. Sabemos, que a questão urbana contemporânea é uma das problemáticas mais complexas que existem e, que por isso, exige uma abordagem com instrumentos que devem ser fornecidos desde várias disciplinas, porém, coordenadas desde uma visão urbanístico-arquitectónica. Neste sentido, creio que seria de sumo interesse poder realizar estudos simultâneos e comparados na América Latina, Europa e África (que compartem historicamente problemas e experiências de intervenção urbanística) abordando as questões de uma maneira integrada, onde o urbano, o social, o cultural e o económico formem o núcleo das considerações. Nas minhas visitas a Lisboa, tenho podido perceber, tanto problemas de desestruturação urbana, quanto de indesejáveis e descontroladas extensões das periferias, que demandam uma ação coordenada das diferentes instancias dos poderes públicos, antes que a dimensão e a gravidade dos problemas os tornem muito mais difíceis e custosos de manejar. Para isto, é necessário formular novas estratégias flexíveis de articulação e desenho urbano, desde um pensamento que contemple uma visão abrangente, não reducionista das questões envolvidas. Questões que envolvem a própria forma de aproximação (approach), os conceitos a serem utilizados, as metodologias empregadas, a necessidade de realizar com precisão a adequada leitura da estrutura de cada lugar, os dispositivos a serem utilizados para a "escuta das demandas", as articulações entre cultura profissional e cultura popular a serem feitas, e a construção de "vazios significativos", todo o qual constitui um complexo emaranhado de "material e imaterial" que deve ser articulado nos estudos e projectos, de modo consistente. Sintetizando a minha visão, poderia dizer que "urbanizar favelas implica forçar o caos até converte-lo em forma".
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